Tela em branco

O medo do desconhecido não teria valor algum se a atração que sentimos pelo desafio de criar e pelo poder de dar vida a algo que antes só era visto por estar dentro de nós, não fosse realizado e concretizado por uma mistura do que vivemos, sentimos e principalmente do que temos para deixar como marca de nós mesmos.

O fantasma maior e mais sombrio não é aquele que nos afronta quando tratamos a tela como um espelho e sim aquele que temos medo de mostrar, medo maior ainda da recepção que essa “parte de mim” terá.

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O ato físico aqui expressado, seja por um primeiro traço ou por vários ensaios não concretizados, são a porcentagem menos significativa de uma vontade impossível de impedir.

Aquilo que ainda não consigo definir como Arte, é um fardo que me foi dado e que independente do suporte será colocado pra fora, pois aqui dentro se forma o tempo todo, desde a primeira entrada de percepção de energia convertida em luz, até o ultimo e incansável pensamento, que é esse por sinal que não me deixa descansar e fechar meus olhos para o tão necessário e desejado “simulacro da morte”.

O pensamento cru e mais primitivo é o mais carregado de significados e contextos por mim já trabalhados, afinal, entre erros e acertos, ou melhor, entre experimentações, lutamos numa batalha eminente por uma busca de estilo e uma identidade que estampe minha marca e deixe para sempre minha digital nesse universo efêmero, cheio de espaços vazios e sem vida, afinal o papel do Artista é dar vida e terminar o que a natureza não conseguiu.

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Meu desfecho se repete, encaro-a novamente e assumo que sou um vencedor, pois desde a primeira troca de olhares já sei que estou numa batalha perdida, mas mesmo assim busco forças e motivações para não me entregar totalmente, pois se eu assim fizer, só reforçará que não fui digno de carregar esse fardo ou de levar o rótulo que há muito me foi dado e espero estar fazendo jus a ele.

Por quanto tempo ainda vou carregar o mesmo nome, confesso que não sei, mas uma certeza e uma verdade eu tenho, a de que se ela não me confrontasse o tempo todo, não teria forças para a próxima pincelada ou o próximo rabiscar de um lápis, que também está cansado de ser deixado de lado como coadjuvante de um autor que levará sempre o crédito por ser o autor principal e na maioria das vezes, ter o foco principal direcionado somente a ele.

Marco Rabello

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Artistas de Mentira

Marco Rabello - Obras Autorais

Depois de incontáveis desabafos, frustrações jogadas fora, indignações que não precisavam ser minhas e de um momento de reflexão principalmente com uma critica subjetiva, percebi que estou cansado de ver no que transformaram o que podemos chamar de “Mundo da Arte”.

Mesmo sendo apenas uma pequena célula avulsa e indigente perto desses “grandes, intocáveis e impenetráveis artistas”, me sinto envergonhado e ao mesmo tempo embasbacado por estar compreendendo um pouco mais sobre o comportamento humano devido ao meu estudo na área de Psicologia. Tenho observado que esses indivíduos mesmo sem ter a essência básica e necessária, criaram esse mundo, essa cúpula ao seu redor. E como se não bastasse, criaram e compraram uma personalidade que não deve ter custado pouco, para trazerem as pessoas ao seu redor para dentro dessa fina e frágil cúpula de mentiras e aparências.

Esses “bonecos maquiados e fantasiados de entendidos do assunto” ainda os fazem acreditar que são realmente apreciadores de uma boa Obra de Arte, e que o que estão vendo são trabalhos originais e feitos por um verdadeiro Artista com uma paleta de ouro. Ou eles pensam e acreditam ser realmente bons, o que já provaram que não são, ou querem ser mais um “Romero Britto” que agora teve a audácia de se comparar e auto-intitular Picasso!

Com toda a sinceridade aqui demonstrada, não sei se me envergonho ou se realmente deixo pra trás e apago tudo e qualquer pista que eu possa ter deixado nessa pequena trilha que pensei ter sido de grande soma para o “grande e imortal mundo da arte”, ou se cada passo que dou com um pé devo apagar com o outro, porque honestamente, mesmo sem grandes pretensões, hoje me sinto mal e desconfortável quando me perguntam se sou Artista, e logo na sequência já começam a vomitar informações vendidas pela mídia e fúteis até pra quem é leigo no assunto.

Não penso em desistir, pois quem pensa assim já não é merecedor dessa dádiva e não era artista quando começou, mas depois de tantas indignações guardadas transformando-se lentamente em uma úlcera, penso em talvez não mostrar mais nada do que produzo, mesmo que seja uma colaboração importante e que vá de contra ponto ao que estou dizendo, pois no que esse mercado se transformou não tem mais espaço para o que sai de mim de forma pura, carregado de verdades e com um pedaço da minha alma. Ainda mais pra ser visto por quem respira e escarra a falta de verdades o tempo todo.

É uma pena ver artistas mortos se tornando milionários e artistas fabricados e de mentira se tornando bonecos em ascensão. Enquanto os verdadeiros, aqueles que criam com a alma, se tornam órfãos de si mesmo, donos de uma obra inacabada e com uma etiqueta em branco na ponta do dedão do pé.

Aqui finalizo e quebro meu lápis ao meio, com a esperança de ainda usar uma das partes para continuar produzindo, enquanto que a outra parte sem ponta eu deixo ilustrando a frase que diz:

-Parte do trabalho do artista é fazer com que sua obra seja vista.

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Marco Rabello

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Desafiando o desconhecido

Ao começar uma pintura, seja ela a evolução de um pensamento ou o aperfeiçoamento de um esboço, dou de cara com o maior e melhor motivador que posso ter: o desconhecido.

Posso sempre ter brigas de amor e ódio comigo mesmo, ou apenas querer expressar algumas formulações de pensamentos cotidianos, ele sempre virá me confrontar e em alguns casos até cutucar meu ombro para alertar-me de qual passo eu dou a seguir.

Seguindo as regras e protocolos dos grandes mestres da pintura, em especial os que produziram obras fantásticas e me fizeram querer ser um artista, como Leonardo e Caravaggio, sempre soube que teria que seguir regras técnicas pra poder fazer meus pensamentos vagos e abstratos se tornarem uma pintura.

Mas, e quando a vontade de querer rabiscar o mundo e deixar minha digital for maior que o conhecimento e a vontade de seguir esse protocolo, devo passar por cima dessas regras ou apenas fazer o que já se tornou inevitável?

Acho que o medo do desconhecido é o maior combustível do artista. Ele impulsiona e rompe qualquer amarra invisível que tenha ligação com o intelecto e o mecanismo físico de expressão.

Seria muito mais fácil planejar por muito tempo antes de concluir a obra, alguns até dizem que assim ela ficará mais elaborada. Mas ao mesmo tempo, quem escreveu que o que sai da minha mente e do meu coração, mesmo sem muito planejamento não se torna realmente o que tinha que ser e o que me satisfaz? Afinal, eu sou o criador.

Talvez o desafio e a espera pelo desconhecido seja o motivo pelo qual continuo produzindo. Mas o confronto inevitável só aumenta e sacia a vontade incontrolável de olhar para trás e ver que esse desafio, essa batalha eu venci, mesmo sabendo que esse adversário que me impulsiona estará lá de prontidão, aguardando ansioso a minha próxima manifestação e sede de tentar vencê-lo.

Marco Rabello

Etapa inicial (esboço)

Etapa inicial (esboço)

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Sob influência da Criança Radiante

Rabiscar e desenhar sempre foram brincadeiras que tiveram mais peso do que empurrar um carrinho ou montar quebra-cabeças pra mim. E depois de colorir muitos cadernos e fazer intervenções em livros, revistas e principalmente em jornais por estarem mais presentes no dia-a-dia, eu já percebia que precisava explorar áreas e suportes diferentes, para dar de cara com sensações e sentimentos desconhecidos até o momento.

Menino Efêmero Técnica mista sobre tela - 50x70 cm

Menino Efêmero
Técnica mista sobre tela – 50×70 cm

Colar, rasgar e queimar não fazia sentido até que me deparei pela primeira vez com uma pintura de Jean Michel Basquiat. A estranheza pessoal veio a seguir, e a quase dúvida do que estava acontecendo comigo também, principalmente pela sensação de se enganar e tentar esconder uma pequena e tímida lagrima que já tomava forma e não tinha mais retorno.

Pinturas de Jean Michel Basquiat de períodos diferentes.

Pinturas de Jean Michel Basquiat de períodos diferentes.

É uma pintura, o que antes era só um emaranhado de cores e rabiscos ilustrando uma matéria escondida em uma revista desconhecida, e que não chamou a atenção nem pela imagem de capa.

Por um instante, e já enxergando anos à frente, tive a certeza de que era aquilo que queria fazer. Não a cópia, não o ato de pintar, mas fazer outras pessoas, outros expectadores sentir e parar no tempo, assim como eu naquele momento, naquele segundo eternizado e inesquecível.

O obscuro Tinta acrílica sobre tela 50x70 cm

O obscuro
Tinta acrílica sobre tela 50×70 cm

Mesmo não conhecendo o autor daquela pintura, a identificação pela expressão foi automática, por um motivo que não consigo achar palavras pra descrever, fiquei obcecado e desesperado pra conhecer o criador do que então mudaria minha vida para sempre.

Jean Michel Basquiat - Obra sem título (1981)Esta obra foi vendida por US$ 16,3 milhões em Maio de 2012

Jean Michel Basquiat – Obra sem título (1981)
Esta obra foi vendida por US$ 16,3 milhões em Maio de 2012

Naquela época não tínhamos facilidade de obter informações como temos hoje, mas precisava de respostas, respostas pra tantas perguntas e questionamentos que sei que jamais seriam respondidos.

Um pequeno livro e a informação de que existiam imagens perdidas por ai já acalmaram e saciaram um pouco um coração que precisava de uma luz, e um guia invisível pra levá-lo até o inicio desse caminho, que futuramente se transformaria numa grande e infinita estrada em busca do desconhecido, e por respostas que não viriam tão cedo.

Jean Michel Basquiat em seu atelier

Jean Michel Basquiat em seu atelier

Era ele, grande e puro, tornando-se cada vez mais imortal e presente em cada gesto, em cada construção de pensamentos, em cada tela coberta e refeita varias vezes. Era ele, mostrando-me o caminho, mesmo quando minha criança radiante era mais iluminada e persistente que a dele, era ele que discretamente mergulhava o pincel em uma paleta repleta de opções e fragmentos de gestos anteriores.

O que fazer? Mesmo agora já sabendo o caminho não queria segui-lo e deixa-lo ir, não queria fingir que era ele que tinha me levado até ali e nesse caso, me dar por vencido e continuar procurando meus passos, mesmo sabendo que estava sendo puxado pelas mãos era o melhor a se fazer.

A busca continuaTécnica mista sobre tela - 70x70 cm

A busca continua
Técnica mista sobre tela – 70×70 cm

Até que a busca e a procura encontrem suas responsabilidades sozinhas, é melhor continuar sozinho fingindo que o caminho foi fácil de achar, e a cada olhada para trás e para o espelho, vejo ele ainda presente, mas com a rédea um pouco mais frouxa e uma influência que mesmo não tão presente, está estampada e cravada numa formação abstrata e cheia de sonhos, imaginações e vontades de ter sido ele, nem que fosse por uma discreta foto, ou um autorretrato às vezes indecifrável e momentâneo.

Pintura da série 3 MariasTinta acrílica sobre madeira - 65x65 cm

Pintura da série 3 Marias
Tinta acrílica sobre madeira – 65×65 cm

Jean Michel Basquiat mesmo tendo uma passagem breve por nossas vidas se eternizou devido a essa intensa produção deixada para que fizesse parte de muitas formações de estilo e caráter e de muitas placas de siga em frente, sendo essa última a que uso como referência e sigo até hoje.

Jean Michel Basquiat - Autorretrato (1982)Tinta acrílica, óleo e spray

Jean Michel Basquiat – Autorretrato (1982)
Tinta acrílica, óleo e spray

Aqui fica um “descanse em paz” de quem acredita que sua energia era tão forte, radiante e pura que a intelectualidade aqui exercida jamais teria forças para alcançá-lo, e fizesse com que essas palavras fossem vistas.

Marco Rabello

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Arte & Transformação

Tive a honra de participar junto a um grupo de talentosos artistas, de uma experiência única e grandiosa para o mundo da arte, expor e dividir ideias que abordam um tema difícil de ser visto e ouvido ultimamente:

“A arte tem o poder de transformar uma pessoa?”

Falando como artista, acabei expondo minhas opiniões e falando um pouco de como a arte teve papel fundamental em minha vida e na formação do meu caráter e personalidade.

Foi impressionante e muito especial essa junção de opiniões, mesmo sendo de áreas diferentes, mas com um elo único e incomum entre eles, o amor pelo que fazem e a insaciável busca por transformação, sendo ela interna ou por mudar o expectador que observa e contempla seu trabalho.

Confira a seguir o resultado desse grande e único projeto. Veja as opiniões desses grandes artistas e por um instante divida com eles a imensa paixão pela arte e principalmente por essa transformação que já começou a acontecer.

 

 

Trabalho realizado durante o documentário.

Trabalho realizado durante o documentário.
Técnica mista sobre madeira
65×65 cm

O documentário foi realizado pela equipe da Soul Art e contou com a participação dos seguintes artistas:

Criolo (Cantor), Rui Amaral (Professor de artes, grafiteiro e artista plástico), Marco Rabello (Artista plástico), Mauro Ferrari (Grafiteiro), Thais Beltrame (Artista plástica), Evandro Not (Grafiteiro), Tikka (Grafiteira e artista plástica), Marcelo Cabral (Músico e produtor musical) e Thiago França (Músico).

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Obra autoral

Ao contrário do que costumamos ver e entender sobre o que chamamos de “Obra autoral”, o que produzo é feito pelas minhas mãos, mas não são produto delas.

Ecce HomoTécnica mista sobre madeira 60x120

Ecce Homo
Técnica mista sobre madeira 60×120

O que passamos e acumulamos desde nossas primeiras percepções de intelectualidade tem efeito direto sobre a obra, seja ela um simples esboço ou tornando-se o que por um momento chamamos de ápice da criação.

Obra autoral sem títuloTécnica mista sobre tela 120x100 cm

Obra autoral sem título
Técnica mista sobre tela 120×100 cm

Sendo influenciado por elementos cotidianos, obviamente projetamos essa mistura de informações, sendo elas traços de formação de personalidade ou informações abstratas e efêmeras em nossa criação, deixando a Obra autoral desprovida de autor, tornando-a órfã de cunho pessoal e filha de um autor invisível e desfragmentado pelo tempo e o acumulo de informações sem dono.

Por que chamar de meu um gesto rápido de criação, mesmo ele vindo carregado de memórias que não me pertencem?

Porque se apoderar uma assinatura que me foi dada quando eu ainda não tinha responsabilidade para carrega-la. E por que dividi-la com o mundo sendo que a verdade é que eu queria esconde-la só pra mim.

Esse fardo que me foi dado não é pesado se comparado com a responsabilidade de chamar uma obra autoral de minha, e pesa menos ainda quando me deparo com a criação em andamento, próxima do fim e prestes a ser mais uma vez carimbada com a digital daquele que quer dividir com o mundo e ao mesmo tempo deixar indigente a criação mais pura, bela e cheia de cores de uma paleta pessoal que não tem tantas misturas assim.

Marco Rabello

PesadeloTécnica mista sobre tela 80x100 cm

Pesadelo
Técnica mista sobre tela 80×100 cm

Obra da série Ecce Homo Pintura em duas partes Técnica mista sobre madeira 120x60 cm

Obra da série Ecce Homo – Pintura em duas partes Técnica mista sobre madeira 120×60 cm

MathildaTécnica mista sobre tela 80x100 cm

Mathilda
Técnica mista sobre tela 80×100 cm

Conheça meus outros trabalhos autorais no www.marcorabello.com

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A Alma da Estética

Ao observarmos belíssimas pinturas, em especial as dos grandes mestres Italianos e Espanhóis, independente de estilo, período e movimento em que estão classificadas é impossível não notar e não nos chocar quando direcionamos o olhar para a imagem de uma caveira, especialmente quando esse elemento vem carregado de simbolismos, já que na maioria das vezes tem um papel importante na composição e em outras está posicionado como elemento principal na obra.

Estudo e reprodução da obra São Jerônimo - Caravaggio

Estudo e reprodução da obra São Jerônimo – Caravaggio
Óleo sobre tela 150×105 cm

Esse elemento tem uma ligação direta com o simbolismo católico, que na época era o tema principal das pinturas e por isso não é difícil achar uma obra em que tem uma caveira ao lado de um livro e um crucifixo.

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Estudo e reprodução da obra São Francisco em Meditação – Caravaggio
Óleo sobre tela – 150×95 cm

Fazendo uma interpretação a grosso modo não é difícil entender que a relação entre estes elementos referem-se diretamente ao homem e sua fé e quando aparecem ao lado de uma figura Santa fazem alusão e nos mostram que completam um contexto realmente religioso. Ao interpretarmos, descobrimos que a junção desses elementos referem-se ao homem e sua iminente semelhança com o que em breve chamaremos de morte.

Sendo assim, a única coisa que temos certeza é o olhar de espanto que as pessoas tem quando se deparam com uma obra com esse contexto. Talvez seja o medo do inevitável, a certeza de que não precisamos olhar para uma caveira para sabermos seu significado e desfecho, ou a perda da vaidade que nos acompanha diariamente.

marco_rabello_caravaggio

Em algumas releituras que criei ou até mesmo em estudos que fiz reproduzindo obras com esse contexto, especificamente obras do mestre Michelangelo Merisi da Caravaggio tenho me surpreendido bastante com os comentários e observações dos espectadores. Na maioria das vezes alguém que acabaria adquirindo meu trabalho, mesmo sabendo do contexto preferiu abrir mão da pintura justamente por se deparar com o que citei anteriormente e por uma vaidade talvez mentirosa, não quis bater de frente e conviver com o elemento que tem ligação direta com a palavra que mais assusta e mais causa espanto até hoje, a “Morte”.

Em outros casos o observador não se espanta e não tem incômodo caso venha a conviver com uma pintura dessas em sua parede, mesmo porque a maioria das caveiras carregando essa carga negativa natural são representadas sempre de forma clara e em algumas pinturas são mais belas e com mais cores do que a própria figura principal.

Jusepe de Ribera - Santa Maria do Egito (1651)

Jusepe de Ribera – Santa Maria do Egito (1651)

Isso será sempre um mistério, independente do contexto ao qual está ligada, mas não podemos esquecer que mesmo carregando esse simbolismo “negativo” e esse significado sombrio e abstrato, a caveira é um dos elementos mais presentes na cultura atual, e com o passar dos tempos se tornou símbolo de resistência, adoração estética e virou referência principal de alguns trabalhos de grandes artistas da atualidade.

Marco Rabello

Confira no site Retratos Artisticos outros trabalhos meus relacionados ao tema.

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